Cerealina

Quando o teu ventre era uma pátria
de cereal e uvas
e se ouvia a lentidão da chuva
sobre as tuas espáduas de basalto.
Quando alimentavas com pão verde
os espectros do vidro
e em teu redor esvoaçavam as aves
que vinham do mar e da montanha.
Quando eras a plenitude da argila
incendiada pelo verão,
todas as janelas estavam abertas, Cerealina,
para a juventude magnética do mar.

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